
Descubra tudo sobre o mundo das drogas
Álcool
Anfetaminas
São diversos os tipos de anfetaminas no mundo, não existindo uma única substância que as caracterize. A metanfetamina é uma das mais difundidas nos Estados Unidos. Ela é normalmente fumada com a ajuda de um cachimbo e é conhecida como "ice". Na Europa, principalmente na Holanda e Inglaterra, a anfetamina mais comum é a metilenodioximetanfetamina, que é usualmente ingerida com bebidas alcoólicas.
Efeito
O efeito que caracteriza as anfetaminas é o aumento da capacidade física do usuário, ou seja, a pessoa sob efeito da droga é capaz de praticar atividades que normalmente não conseguiria. Isso ocorre porque as anfetaminas aumentam a resistência nervosa e muscular do usuário, aumentam também a capacidade respiratória e a tensão arterial, deixando a pessoa "ligada".
Apesar de parecer um benefício, esse aumento geral da capacidade é ilusório, já que acaba com o fim do efeito da droga, levando o usuário a extrapolar os reais limites do corpo, o que acaba sendo nocivo. Além disso, ao perceber que "perdeu" sua força, o usuário entra em depressão e busca novas doses da droga para voltar a ter um aumento da sua capacidade e autoconfiança
Doses maiores da droga intensificam seus efeitos e deixam o usuário mais agressivo, irritado e com mania de perseguição (delírio persecutório). Se as doses forem ainda maiores, podem provocar delírios e paranóias, estado conhecido como psicose anfetamínica.
Fisicamente, as anfetaminas causam taquicardia, dilatação excessiva das pupilas e palidez, além de também causarem insônia e perda de apetite. O uso contínuo da droga pode levar à degeneração das células cerebrais, causando lesões irreversíveis ao cérebro.
Histórico
O primeiro tipo de anfetamina, a Benzedrina, foi sintetizada pela primeira vez no final do século passado na Europa. Seu uso medicinal foi gradativamente sendo ampliado e nas décadas de 30 e 40 já eram conhecidas 39 utilidades para as anfetaminas, que logo passaram a ser usadas sem intenções medicinais.
O seu uso não medicinal começou a se espalhar pelo mundo e hoje é uma das drogas que mais ganha usuários a cada ano. Nos EUA, as autoridades revelam que o número de óbitos relacionados com anfetaminas como o Rohypnol ou o GHB cresceu 63% entre 95 e 98. No Brasil, a ONU vem constantemente alertando sobre o crescimento do consumo de anfetaminas.
Curiosidade
Os delírios e alucinações causados pela droga podem levar o usuário ao suicídio por razões ilusórias, como uma suposta perseguição.
Cocaína
A cocaína é um estimulante do Sistema Nervoso Central. Ela atinge rapidamente o cérebro, produz resposta intensa, o que a torna muito procurada como droga de abuso.
Cogumelos
Cogumelos são usados há milhares de anos como alucinógenos. O grau de alucinação e de efeito dos cogumelos depende do organismo de cada pessoa. Não causa dependência e nem síndrome de abstinência. Existem vários tipos de cogumelos usados entre eles:
Amanita Muscaria
Possui dois tipos de alucinógenos sendo muscimol e ácido ibotêmico. Esses alucinógenos estimulam os neurotransmissores GABA no sistema nervoso central. Seus primeiros efeitos são desorientação, sono, falta de coordenação. Posteriormente ocorre euforia intensa, falta de noção de tempo, alucinações visuais e alterações de humor como a fúria, por exemplo. Se usado em grande quantidade pode causar intoxicação e em alguns casos pode ser letal.
Psilocybe Cubensis
Estimula os receptores de acetilcolina situados no cérebro e no sistema nervoso. Seu uso provoca salivação, perda de controle da urina e das fezes, lacrimejamento, cólicas, náuseas, vômitos, queda do ritmo cardíaco e da pressão arterial. Seus alucinógenos são semelhantes ao LSD e provoca euforia, sonolência, visão obscura, pupila dilatada entre outros e seu efeito dura em torno de três horas
Crack
Estimulante seis vezes mais potente que a cocaína, o crack provoca dependência física e leva à morte por sua ação fulminante sobre o sistema nervoso central e cardíaco.
Quais são as reações do crack? O que ele provoca no organismo?
Mas, se os prazeres físicos e psíquicos chegam rápido com uma pedra de crack, os sintomas da síndrome de abstinência também não demoram a chegar. Em 15 minutos, surge de novo a necessidade de inalar a fumaça de outra pedra, caso contrário chegarão inevitavelmente o desgaste físico, a prostração e a depressão profunda.
Estudiosos como o farmacologista Dr. F. Varella de Carvalho asseguram que "todo usuário de crack é um candidato à morte", porque ele pode provocar lesões cerebrais irreversíveis por causa de sua concentração no sistema nervoso central.
O crack é uma droga mais forte que as outras?
Sim, as pessoas que o experimentam sentem uma compulsão (desejo incontrolável) de usá-lo de novo, estabelecendo rapidamente uma dependência física, pois querem manter o organismo em ritmo acelerado. As estatísticas do Denarc (Departamento Estadual de Investigação sobre Narcóticos) indicam que, em Janeiro de 1992, dos 41 usuários que procuraram ajuda no Denarc, 10% usavam crack e, em Fevereiro desse mesmo ano, dos 147 usuários, já eram 20%. Esses usuários, em sua maioria, têm entre 15 e 25 anos de idade e vêm tanto de bairros pobres da periferia como de ricas mansões de bairros nobres.
Como o crack é uma das drogas de mais altos poderes viciante, a pessoa, só de experimentar, pode tornar-se um viciado. Ele não é, porém, das primeiras drogas que alguém experimenta. De um modo geral, o seu usuário já usa outras, principalmente cocaína, e passa a utilizar o crack por curiosidade, para sentir efeitos mais fortes, ou ainda por falta de dinheiro, já que ele é bem mais barato por grama do que a cocaína.
Ecstasy
Breve históric
O MDMA (ecstasy) foi sintetizado pela Merck em 1914 com a finalidade de ser usado como um supressor do apetite, mas nunca foi usado com essa finalidade. Somente em 1960 foi redescoberto sendo indicado como elevador do estado de ânimo e complemento nas psicoterapias. O uso recreativo surgiu em 1970 nos EUA. Em 1977 foi proibido no Reino Unido e em 1985 nos EUA. Em 1988 um estudo feito nos EUA mostrou que 39% dos estudantes universitários tinham feito uso do ecstasy no período de um ano antes da pesquisa, mostrando que o uso ilegal já estava disseminado, da mesma forma como aconteceu na Europa ocidental. O uso do ecstasy concentra-se nas boates, nos ambientes classificados como "rave" onde há aglomeração noturna em espaços fechados para dança com música contínua. Como o uso do ecstasy está se tornando comum, as pesquisas sobre ele estão aumentando.
Efeitos - Testes Voluntários
Pessoas sem doenças somáticas e psíquicas com experiência prévia de ecstasy relataram e apresentaram uma série de alterações. Os mais evidentes são aqueles semelhantes ao demais estimulantes como aceleração da freqüência cardíaca, elevação da pressão arterial, diminuição do apetite, ressecamento da boca, dilatação das pupilas, elevação do humor, sensação subjetiva de aumento da energia. Efeitos neurológicos foram encontrados em alto índice. Esse estudo usou apenas dez voluntários e observou-se retesamento mandibular em seis usuários, nistagmo em oito, diferentes graus de ataxia em sete, aumento dos reflexos tendinosos em oito; apenas um apresentou náuseas e todos tiveram dilatação pupilar. Quatro pessoas apresentaram perturbações na capacidade de tomar decisões e realizar juízos. Esse estudo foi feito antes de se conhecer os efeitos danosos que o ecstasy possui. Nessa época os autores julgavam que o MDMA (ecstasy) era uma droga segura.
Efeitos procurados
Produz um aumento do estado de alerta, maior interesse sexual, sensação de estar com grande capacidade física e mental, atrasa as sensações de sono e fadiga. Muitos usuários sentem também euforia, bem-estar, aguçamento sensório-perceptivo, aumento da sociabilização e extroversão, aumenta a sensação de estar próximo às pessoas (no sentido de intimidade) e aumenta a tolerabilidade.
Efeitos indesejados
Aumento da tensão muscular, aumento da atividade motora, aumento da temperatura corporal, enrijecimento e dores na musculatura dos membros inferiores e coluna lombar, dores de cabeça, náuseas, perda de apetite, visão borrada, boca seca, insônia são os efeitos indesejáveis mais comuns. Nos dias seguintes ao consumo do ecstasy a pressão arterial tende a oscilar mais do que o habitual. O aumento do estado de alerta pode levar a uma hiperatividade e fuga de idéis.
Efeitos a longo prazo
Os efeitos de longo prazo são desagradáveis e prejuízos são observados com o uso. As altas concentrações de serotonina na fenda sináptica provocadas pelo ecstasy provocam lesões celulares irreversíveis. Os neurônios não se regeneram e quando são lesadas suas funções só se recuperam se outros neurônios compensarem a função perdida. Quando isso não é possível a função é definitivamente perdida. Estudos em animais têm demonstrado isso. Nos seres humanos apenas estudos pos-mortem são possíveis, e nestes, identifica-se uma acentuada diminuição das concentrações de serotonina, que variam de 50 a 80% em diferentes regiões do cérebro indicando uma insuficiência no funcionamento desses neurônios. Estudos realizados com usuários vivos através de indicadores confirmam essa perda de atividade serotoninérgica nos usuários de longo prazo de ecstasy. A deficiência de serotonina é proporcional ao tempo e a quantidade de ecstasy usados. Quanto mais tempo ou maior a dose, maior a deficiência da serotonina.
● Dificuldade de tomar decisões
● Impulsividade e perda do autocontrole
● Ataques de pânico
Via de administração usada
Problemas clínicos resultantes
Há quatro tipos básicos de toxicidade física causada pelo ecstasy. A hipertermia, neurotoxicidade, cardiotoxicidade e hepatotoxicidade.
Toxicidade cerebral
Ainda não há estudos suficientes, mas parece que o ecstasy provoca elevação da temperatura corporal o que é agravado pela situação em que é usado, nas danceterias onde há grande atividade física. A exagerada elevação da temperatura corporal pode provocar diversas lesões pelo corpo de acordo com a sensibilidade de cada tecido. O próprio tecido cerebral é dos mais sensíveis podendo sofrer lesões desse superaquecimento. Convulsões também já foram relatadas pelo uso do ecstasy.
Hiperpirexia (hipertermia)
Este é provavelmente o pior efeito indesejável do ecstasy, apesar de ser parte da toxicidade cerebral, é relatada à parte para maior destaque de sua importância. O aquecimento do corpo pode levar a rabdomiólise (lesão dos tecidos musculares) que quando acontece de forma simultânea leva a um "entupimento" dos rins o que pode danificá-los permanentemente. Coagulação intravascular disseminada: é um efeito extremamente grave que geralmente leva a morte, mesmo quando o paciente já se encontra internado. O tratamento é feito com resfriamento rápido através de imersão em água gelada, infusão de solução salina resfriada e lavagem gástrica com líquidos frios.
Dependência
Inalantes
Os inalantes são drogas usadas há séculos pelo homem. Como prova, temos uma estatueta mexicana de 2000 anos de idade que representa um homem usando um cachimbo para inalar Rapé psicoativo. Sabe-se também que na antiga Grécia, na Palestina bíblica e no antigo Egito usavam-se substâncias inaláveis com intuito de experimentar seus poderosos efeitos.
● Aumento do volume do fígado;
● Rompimento de vasos sangüíneos nos rins;
● Inflamações e deformidades vasculares
● Lesão de medula óssea, resultando diminuição da produção de glóbulos brancos, vermelhos e anticorpos;
● Alterações nos órgãos de reprodução;
Lança Perfume
Foi proibido no Brasil na década de 60 quando passou de brincadeira de carnaval à inalante. Antigamente usavam o lança-perfume no carnaval para borrifar nos foliões trazendo uma sensação fria, agradável e perfumada, mas quando foram registradas várias mortes por parada cardíaca ocorridas pela inalação do produto, foi proibido.
LSD
O LSD é consumido normalmente por via oral. A droga se apresenta em cartelas subdivididas em "pontos", que é, efetivamente, onde está o princípio ativo. Para se obter os efeitos da droga, esse "ponto" é ingerido pelo consumidor, ou simplesmente deixado embaixo da língua. Além de poder ser ingerido, o LSD pode ser também fumado, apesar dessa forma de consumo ser pouco comum.
Efeitos